Dos seis países europeus que visitei em 2016 no meu primeiro mochilão pelo continente, certamente a Lituânia é o mais exótico não apenas aos olhos brasileiros.
O pequeno país, que passou metade do século 20 sob domínio soviético, vem sendo avaliado por publicações internacionais (Lonely Planet e The Guardian, por exemplo) como uma “jóia escondida” do Leste Europeu. Cada vez mais cosmopolita sem perder o charme de séculos de história, vem atraindo cada vez mais turistas para seu litoral báltico e para cidades como Vilnius, a capital do país.
No começo do ano, a convite do professor e escritor Maicon Tenfen, reuni alguns dos registros fotográficos dessa visita para compôr um ensaio fotográfico para a edição número 90 da Revista de Divulgação Científica. A publicação da Editora da Furb vem sendo impressa duas vezes por ano em um formato semelhante à de revistas como Caros Amigos e Piauí. Recomendo, é claro, a assinatura da publicação, que você pode solicitar aqui.
Na revista, meu ensaio foi publicado em preto e branco, e amei o resultado. Mas, editando as fotos novamente, percebi que as belas cores desses registros deveriam estar aqui, na Internet. Curta as imagens e, mais embaixo, leia o texto que produzi para a revista para contextualizar as fotografias.















Lituânia, Leste Europeu
Um ensaio fotográfico sobre o país báltico, a nova joia do turismo no continente
Dona de um território menor que o de Santa Catarina, a Lituânia já foi um gigante medieval, um corredor estendido entre os mares Negro e Báltico separando a Rússia da Europa Ocidental. Posição tão estratégica reservou à história do país uma lista infindável de batalhas e invasões. A última delas se encerrou no dia 11 de março de 1990, quando os lituanos declararam sua independência da União Soviética – mais de um ano antes da dissolução oficial do estado socialista.
O bronze histórico da seleção masculina de basquete (o grande esporte nacional) sobre a Rússia em 1992, durante as Olimpíadas de Barcelona (saiba mais aqui), certamente elevou o moral da população. Mas os lituanos ainda teriam muito trabalho para reconquistar, de fato, sua autonomia como nação.
Um passo importantíssimo seria a entrada na União Europeia, junto a outras ex-repúblicas soviéticas, em 2004. O resultado dessa abertura em direção ao ocidente começou a repercutir nos últimos anos, quando a Lituânia passou a ser apontada como uma das novas jóias do turismo no continente europeu. Belas paisagens e castelos do século 13 se combinam a uma atmosfera placidamente cosmopolita de cafés, ateliês e joalherias, músicos de rua, livrarias, bares e boates. Se há um Museu do Holocausto em memória a um triste passado, há arte de rua e humor para homenagear, com uma estatueta, o genial guitarrista americano Frank Zappa (onde antes ficava uma estátua de Lenin). É muito fácil para um visitante se comunicar em Inglês, e o país se orgulha da velocidade de sua Internet – disponível gratuitamente em boa parte da capital, Vilnius, para onde viajei em setembro de 2016.
Era o destino mais oriental de um mochilão de dois meses pela Europa, colocado no mapa pela soma da dica de um amigo, o histórico “russo/prussiano” da família Laps e o meu fascínio por destinos fora do comum. Hospedado na casa de jovens lituanos pelo Couchsurfing, passei quatro dias explorando a cidade de bicicleta e mais um em Trakai, retiro de verão que atrai muitos visitantes com seu castelo histórico cercado por três lagos. Este ensaio fotográfico montado especialmente para a Revista de Divulgação Cultural busca apresentar aos leitores um pouco deste interessante país, que permaneceu enclausurado por quase cinco décadas.
Espetacular !!!
Concordo. É um país espetacular! 🙂
Obrigado pela visita e pelo comentário
A Lituânia é vibrante: povo educado que dá muito valor à cultura, a ordem , ao patrimônio histórico e natural, fato de que me orgulho muito.
Sem dúvida, Sonia. Sou muito feliz por ter incluído o país na minha primeira viagem à Europa no ano passado. Fui surpreendido pela cultura, pelas pessoas e pelas paisagens de Vilnius e Trakai, e já planejo meu retorno!
Excelente reportagem bastante reduzida das belezas que podemos mostrar ao mundo. Parabéns!
obrigado pela visita e pelos comentários!